sexta-feira, 4 de março de 2011

Nova Direccção para o TCA, nova denominaçao e novos estatutos com valorizaçao dos Co-pilotos Autocaravanistas


A Presidente e Secretária-geral do TCA entre a assistência na noite de convivio da II tertúlia 1 café e 1 autocaravana, com Lucas Dasilva a cantar baladas à viola, após o jantar ad hoc em que as co-pilotos tiveram um papel preponderante (19 de Fevereiro de 2011, em Alenquer)

O TCA - inicialmente constituído como Touring Clube Autocaravanista, deliberou alterar os seus estatutos (ver abaixo) para incluir mais destacadamente a relevante função do co-piloto autocaravanista. Mantem porém a sua sigla e logotipo e afilosofia inicial de favorecer o turismo itinerante em autocaravana, com ou sem utilização de parques de campismo, e no quadro dos Principios de filosofia, doutrina e ética do Movimento Autocaravanista plural em que se integra.

O TCA pretende continuar a ser um clube de amigos, e de afectos entre associados que se respeitam entre si, e se consideram um esteio sério e cívico essencial ao Desenvolvimento do turismo lazer e cultura autocaravanista que um dia possa ser representado democráticamente por uma Federação que contemple este segmento de actividade socio-económica.

O TCA neste contexto divulga os seus novos estatutos e uma entrevista com a sua Presidente, Encaranação Santos eleita em 19 de Fevereiro de 2011


ENCARNAÇÃO SECO DOS SANTOS, Nasceu em Stº Amador (Moura) há 58 anos, é autocaravanista desde 2005 sendo uma das fundadoras do MIDAP.

Participou na Feira dos Trastes , organizada no âmbito do CCP, em 2008, no VI e VII Encontro do CCP, bem como na inauguração da AS de Entradas. Fez parte da organização do I Seminário de Autocaravanismo organizado pelo MIDAP em Cascais (Maio de 2009). Participou no Encontro de Autocaravanistas de Chaves (2010). Participou no encontro conjunto CAB/MIDAP em 2010 bem como na inauguração da AS do Parque do Alambre. Acompanha regularmente os fóruns e blogs autocaravanistas.



1) Quando foi mesmo a primeira vez de autocaravana?

Comecei no Autocaravanismo há 6 anos.

2) E porquê? e como?

Comecei no autocaravanismo por influência do meu marido. Ele é que há vários anos segue o desenvolvimento do autocaravanismo quer através de revistas francesas quer através da participação em fóruns nacionais e estrangeiros. Tudo começou com o aluguer de AC para podermos apreciar e ver como reagíamos. Confesso que ao princípio tinha algum receio de dormir em locais ermos ou mesmo em estacionamentos na rua, mas passou…

Depois surgiu a possibilidade de comprar a nossa Rapido, que tinha a disposição que mais nos agradava e antecipámos o que estava previsto apenas para a reforma. E em boa hora o fizemos!
Ganhámos a liberdade de a cada fim de semana poder escolher um destino ou simplesmente sair sem rota definida. Pena ainda termos hora e data para regressar.


3) E que balanço faz dessas experiências?

Estes anos foram de transcendência das minhas expectativas pois se ao princípio era mais para acompanhar o meu marido, agora aprecio vivamente esta atividade e estou convencida de que irei gostar cada vez mais, pois seguramente que teremos hipótese de usufruir mais da nossa autocaravana. Nomeadamente em passeios mais extensos no estrangeiro.

4) O que é que é indispensável para si numa autocaravana?

As Autocaravanas deverão, quanto a mim primar pelo conforto. Fundamentalmente no conforto de viver, pois no dormir já não me parece tão importante. Aliás não acho graça nenhuma às camas centrais. Isso é em casa!

As Autocaravanas deverão ver o seu peso máximo mais distante da sua tara de modo a não andarmos sempre preocupados por ter peso a mais. E o seu tamanho também não deve ser demasiado grande pois dificulta a condução que aliás não pratico – só ajudo nas manobras e mesmo assim ele já fez o favor de não me ouvir e os resultados foram… enfim!

Assim seria a autocaravana ideal : grande por dentro e pequena por fora: Será que passaremos a ter dois andares?

5) O TCA é o único clube que dá relevo a função de co-piloto. Como encara essa função?

O papel do copiloto é determinante pois é mais um par de olhos alerta para muitos pormenores, pois quem conduz, por vezes não se apercebe. O copiloto marca ou colabora na definição de rotas diárias e vela para que os trajetos sejam seguidos, toma notas no “road book” para mais tarde recordar e também tem que dar uma ajuda nas manobras de parqueamento ou situações mais apertadas apesar da câmara de marcha atrás. Quanto às tarefas “domésticas” partilhamo-las de uma forma mais ou menos estabelecida e recorrente.

6) E o que acha e como vê o Movimento Autocaravanista?

O Movimento Autocaravanista tem pelo menos dois tipos de aderentes: os que gostam dos passeios e almoços e cantiguinhas e os que de uma forma mais ou menos empenhada lutam para que o autocaravanismo seja uma forma de turismo itinerante devidamente reconhecida e protegida.

Contudo, aquilo que observo no segundo grupo (já que o primeiro não me interessa de todo), é que não há respeito pelas ideias de cada um. Assumem-se muito frequentemente posições extremistas e fundamentalistas que em nada favorecem o Movimento. Tem que haver diálogo e compreensão para os pontos de vistas dos opositores de forma a sermos respeitados. Falta ainda a “super estrutura” que aglutine todas as vontades e possa representar verdadeiramente todos os autocaravanistas. Os pequenos Clubes, como o TCA, deverão ter um papel fundamental na consciencialização de um número cada vez maior dos autocaravanistas para o espírito de corpo e igualmente para a necessidade de cumprir com as regras de ouro da atividade.

7) Mas como conciliar então essas diferentes tendências?

O autocaravanismo deverá agrupar todas as tendências. Deverão existir clubes que correspondam aos anseios dos diferentes grupos: os excursionistas, os roladores, os individualistas, os culturais, os amantes da natureza e da sua observação, enfim toda a panóplia de interesses do Homem. É esta amálgama que fará o Autocaravanismo como verdadeira alavanca do desenvolvimento, como forma de turismo em locais menos conhecidos e em épocas do ano normalmente mais fracas de afluência de turistas. A referida infraestrutura ou Federação ou União seria o elo de união e a mediana de todos estes interesses.

8) E como promover uma consciencia civica e plural dita autocaravanista?

Torna-se urgente divulgar os princípios da ética e filosofia autocaravanista de modo a se reduzirem as atitudes infelizes de alguns utilizadores de autocaravana que tanto denigrem a nossa imagem.

9) Quais os seus destinos preferidos em autocaravana no nosso País?

Em Portugal gosto do Minho, Douro, Trás os Montes e do meu Alentejo.


10) E lá por fora? para onde mais se sente atraída?

No estrangeiro e daquilo que conheço realço: a Galiza, as Astúrias e o sul de França

11) Quanto a questão itinerante, é intransigente?

Não sou fundamentalista, e o uso de parques de campismo é muitas vezes uma boa solução pois garante uma segurança que muitas vezes não encontramos (ou desconfiamos) nas grandes cidades. Os parques de autocaravanas são uma versão, adaptada e simplificada, dos parques de campismo. As áreas de serviço são essenciais para uma utilização correta das nossas autocaravanas. Poderão constituir igualmente pontos de apoio para as pernoitas.

12) E quanto a preços? o que considera razovável um autocaravanista pagar?

Para o Parqueamento em zona delimitada e se possível vigiada julgo que 5 € por dia é um valor aceitável diminuindo em função do número de valências. Para o abastecimento julgo que 1 €, no máximo 2€, será um valor justo para a utilização dos esgotos e 100 litros de água.

13) Que papel se acha reservado para o TCA a que vai presidir?

Como referi anteriormente os clubes têm um papel fundamental na consciencialização dos autocaravanistas para o espírito de corpo e o respeito pelas regras de ouro. No caso específico do TCA e reconhecendo o papel influente dos copilotos na vida autocaravanista, a nossa influencia será ainda maior e mais decisiva. Deverá o TCA promover as condições para a participação de todos os associados criando oportunidades de desenvolvimento pessoal através de ações culturais quer em viagens quer pela partilha de experiencias vividas pelos mesmos e fundamentalmente desenvolver a amizade e fraternidade entre todos.

14) Por fim, que conselho a dar a quem quer ser autocaravanista?

Quem quiser começar no Autocaravanismo não hesite: alugue uma AC, saiba como deve proceder nas operações básicas de vivencia e parta à descoberta pois será seguramente emocionante.

Texto escrito conforme o Acordo Ortográfico - convertido pelo Lince.





Estatutos do
TCA-Touring Clube de Co-pilotos e Autocaravanistas,
criado em 6 de Fevereiro de 2010, no Estoril.




(Natureza)
TCA-Touring Clube de Co-pilotos e Autocaravanistas, é uma associação sem fins lucrativos constituída por tempo indeterminado, nos termos e para os efeitos do art.º 195º e seguintes do Código Civil, que se rege pelos presentes estatutos, e pelas deliberações do plenário dos seus associados e pelas decisões da sua Direcção.


(Objecto e objectivos)
1- Constitui objecto do TCA, desenvolver entre os seus associados actividades de lazer, cultura e de turismo itinerante em autocaravana, com utilização, ou não, de parques de campismo, bem como de cooperar em iniciativas do Movimento dos Autocaravanistas Portugueses.
2- Para o bom desempenho do seu objecto, e para cumprimento dos seus objectivos, o TCA aderiu ao MIDAP- Movimento Independente para Desenvolvimento do Autocaravanismo em Portugal, e ao CAB- Circulo de Autocaravanistas da Blogo-esfera, e apoiará todas as diligências que se venham a desenvolver para a criação de uma Federação Autocaravanista Portuguesa.
3- O TCA cooperará ainda e sempre que solicitado, com a PRP- Prevenção Rodoviária Portuguesa, e todas as autoridades públicas ou autárquicas que requeiram o seu apoio, bem como com o ONGA- Observatório Nacional Não Governamental para o Autocaravanismo.



(sede)
A sede virtual do TCA está em:
http://touring-clube-autocaravanista.blogspot.com/
com o endereço electrónico:
Touring.Clube.Autocaravanista@gmail.com


(associados)
1. São associados os subscritores do acto de constituição, e os que solicitarem a sua inscrição à direcção, e que forem por esta aceites por cooptação, depois de comprovarem a prática do Autocaravanismo, como automobilistas condutores de autocaravanas, ou co-pilotos, e declarem a adesão aos princípios de Filosofia, Doutrina e Ética em geral, do Movimento Autocaravanista, e em concreto das regras de RESPEITO adoptados pelo CAB- Circulo de Autocaravanistas da Blogo-esfera e reproduzidos no articulado seguinte.
2. Todos os associados admitidos no TCA constituem o seu plenário.
3.Os associados que venham a violar os estatutos do TCA poderão ser excluídos por deliberação do plenário, e mediante prévia proposta da Direcção.


(Princípios do Respeito)
Respeitar a natureza e o património cultural.
Evitar a formação de concentrações de ACs.
Só estacionar em lugares apropriados.
Privilegiar o comércio tradicional local.
Estar e ser discreto e cortês com todos.
Inter-agir amigavelmente com o próximo.
Tentar cumprir e manter estes princípios.
Observar sempre o bom senso e bom gosto.





(deveres e direitos dos associados)
1- São deveres dos associados adoptarem em geral um comportamento de pessoas de bem, e de participarem sempre que possível nas iniciativas do TCA, colaborarem com o seu web site, e ainda desenvolveram todas as actividades que dignifiquem a imagem e prestígio do Clube e do Movimento Autocaravanista.
2- São direitos dos associados serem regularmente informados pela direcção de todas as iniciativas e notícias de interesse para o autocaravanisno, e bem assim usufruírem de descontos e vantagens especiais que se venham a estabelecer por protocolo entre o TCA e outras entidades


(Fundo Comum)
Constituem património comum do TCA, as quotizações iniciais dos fundadores, a sigla TCA, o logótipo, o respectivo E-mail e Web site, e o valor intangível do seu projecto, denominação e conceptualização.


(Critérios de gestão)
1- O TCA será gerido de acordo com uma filosofia cooperativa de saldo zero, sem quotas nem jóias, baseada na comparticipação dos associados e convidados nos custos das suas incitativas, de acordo coma regra da capitação proporcional.
2- Está vedado ao TCA praticar actos económicos de valor acrescentado.



(Direcção)
1-Constituem a Direcção O Presidente e o Secretário-geral, determinados pelo colectivo, em reunião formal ou virtual, que tomará as suas deliberações por via do processo do consenso participativo.
2- A Direcção é constituída pelos associados: Encarnação Santos, Presidente, e Vera Gonçalves, Secretária-geral, cujo mandato terminará quando o colectivo de associados proceder à sua substituição.
3- Serão associados à direcção com o título de vice-presidentes, os associados de cada distrito que forem cooptados pela Direcção para essa função honorífica.



10º
(disposição final)
As alterações aos presentes estatutos, poderão ser livremente aprovadas a qualquer momento pela Direcção, ou pelo plenário dos associados, devendo as novas redacções ser de imediato integradas nos respectivos articulados, de modo a estes constituírem sempre a versão publicada da redacção actualizada, e em vigor.


(Nota: A presente versão foi adoptada em Alenquer, a 19 de Fevereiro de 2011)



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