O Nosso Vice Presidente para o distrito de Aveiro, Jose Caseiro, o MCAS dos foruns, concedeu ao TCA a possibilidade de divulgar as fotos inéditas do seu recente percurso por terras de Portugal e Espanha em Autocaravana. Aqui fica o depoimento que vai enriquecer a imagem positiva do autocaravanismo na blogo-esfera.
Quanto ao texto aqui vai esta nota...espera-se, sem "error magistral" da nossa parte!
O destino era Miranda do Douro…e foi!
Saída de Aveiro e primeira paragem em Almeida, Malpartida para ser exacto, no Restaurante “Casa da Irene”, para um almoço transbordante de iguarias como só ela (a D. Irene) sabe.
De Malpartida a Castelo Rodrigo por entre paisagens ondulantes do feno e do centeio ou o rubro das cerejas. Como lêem, o almoço deixou-me poético …
Dali, a descida para o Douro, os fantásticos declives de vinha e amêndoa, a subida para Freixo de Espada à Cinta, Mogadouro e finalmente Miranda.
Miranda está diferente, felizmente para melhor. Novo parque, ruas incrivelmente limpas, novos jardins e sobretudo muitos lugares de estacionamento para ACs, em liberdade e responsabilidade.
Passagem pelo embarcadouro dos passeios pelo Douro Internacional onde nos certificámos dos horários para o dia seguinte: 9 horas da manhã, disseram-nos.
Por escolha nossa pernoitámos no parque rodoviário, frente à Pousada, mas poderia ser outra a opção (à esquerda da muralha, no bairro novo sobre o Douro…). Noite tranquila depois de uma passeata calma pela urbe, com chá, pois o almoço tinha sido abundante.
Às 8.30 estávamos no embarcadouro para comprar bilhetes. Já não havia!!! Como??? Não há, disse a funcionária espanhola. Alguém se tinha esquecido de desligar o computador e, durante a noite, foram feitas reservas para os 30 lugares disponíveis para os viajantes sem marcação. Foi esta a justificação que nos deram. A alternativa era o passeio da tarde, mas já não havia lugares.
Desilusão e alguma revolta…mas aceitámos. Entretanto fomos observando que um casal espanhol que estava à nossa frente (sem bilhetes) se foi deixando ficar…e nós fomos ficando também porque outra funcionária espanhola vendeu bilhetes pela porta de serviço…estranho.
Pouco antes do embarque foi-nos dito, depois do casal espanhol ter descido sorrateiramente, que talvez houvesse desistências e que, portanto, poderíamos ter sorte. Descemos, e para nosso espanto havia um terceiro casal nas mesmas circunstâncias, vindo não se sabe de onde!!! Havia 5 desistências para 6 candidatos!!
O que se seguiu foi feio e abstenho-me de contar, embora nunca tenha perdido a compostura e ter dito das boas. Voltámos á bilheteira e exigimos o livro de reclamações. Milagre! Havia bilhetes para o barco da tarde!! “Então, disse eu, não havia bilhetes e agora já há?!!” “No hay, pero hay”, e, por causa das “moléstias” ainda tivemos desconto! Que descaramento! Fomos no barco da tarde, gramámos uma locução em espanhol e jurámos que passeio no Douro Internacional, nunca mais.
Em resumo, aquilo está feito para “eles”: dão prioridade aos espanhóis em todos os aspectos, sem vergonha nenhuma. Nota zero a tudo! Aconselho, se quiserem o tal passeio, a fazer a reserva pela Internet. De outra forma é um risco e uma carga de chatices…
Entretanto e para matar o tempo entre o triste episódio da manhã e o passeio da tarde resolvemos ir até Zamora para distrair. Estacionamento fácil e gratuito junto às muralhas logo após a rotunda da entrada, do lado de Portugal. Sempre achei Zamora uma cidade simpática, de fácil passeio. Destaco a catedral e o seu tesouro, o “mercado de abastos” e toda a parte medieval da cidade. O melhor, para mim, é a “Calle del Magistral Erro” .
Passando o trocadilho, não sei qual foi o erro magistral, mas deve ter sido bem grande . (Erro, pt – “error”, es). Retorno para o tal passeio no Douro. Regresso por Mogadouro, Torre de Moncorvo, Foz Côa, Celorico e paragem na minha aldeia natal, com pernoita. No dia seguinte, Aveiro.
"Ah! Seja como for, seja para onde for, partir!" Fernando Pessoa
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